séc. XV - 1ª globalização: expansão marítima europeia (Portugal e Espanha); triângulo comercial Europa (artefactos), África (escravos), Américas (matérias primas); emersão dos Estados europeus e secundarização das instituições supranacionais (Sacro-Império e Igreja). O mundo torna-se 1 só... sob a regra europeia.
1850 - 2ª globalização: Revolução Industrial europeia; alianças cruzadas entre os Estados europeus, que partilham a África, Índia, Sudeste Asiático, e forçam a abertura dos mercados japonês e chinês (Tratado de Nanquim, 1842).
1950 - 3ª globalização: o mundo é ordenado segundo dois blocos ocidentais (democracias capitalistas vs. regimes comunistas), num jogo enquadrado por organizações supranacionais (como a CEE e a EFTA na Europa, ou o FMI para auxiliar Estados em crises financeiras); III Revolução Industrial (robotização, informatização, telecomunicações) e supremacia de grandes empresas internacionais, durante a descolonização pelos europeus. O mundo mantém-se 1 só... na tensão entre 2 regras ocidentais.
1989/91 - prolongamento do jogo: colapso do bloco comunista, mantém-se a ordenação mundial segundo a regra do bloco sobrevivente (emersão dos "tigres do Pacífico", China adere ao GATT...).
Novembro de 2010 - 4ª globalização? Perante a crise económico-financeira dos EUA e maioria dos países europeus, o novo maior exportador mundial, e também o Estado com as maiores reservas financeiras do mundo, a China, depois de crescentemente substituir os Estados europeus em África, intervém na Europa comprando dívida pública dos Estados europeus em maiores dificuldades e investindo nas suas economias (ex. compra de parte do BCP). 2 novidades: a) insuficiência das organizações supranacionais de matriz ocidental na resposta à crise, a China intervém directamente sem cuidar de ascender segundo as anteriores regras do jogo mundial; b) a salvação é extra-europeia, extra-ocidental. E "quem dá o pão, dá o pau".
domingo, 7 de novembro de 2010
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