Em 1986 Denys Arcand filmou Le Déclin de l'Empire Américain, sobre a redução das vidas de 4 historiadores - se bem me lembro, que tão a propósito um deles reconhecia não ser(em) um Braudel... - aos prazeres imediatos da cama e mesa. Afinal a menorização epicurista condenada por Strauss e pelos islamitas no post anterior...
Aos declínios civilizacionais os investigadores fazem suceder a invasão pelas civilizações contíguas - cf. O Nó do Problema Civilizacional - A Dimensão das Ciências, Cap. 3. Em 2002 Arcand voltou às mesmas personagens, com os mesmo actores, para filmar Les Invasions Barbares: um dos amigos tem uma doença terminal, os amigos e a mulher reúnem-se numa despedida (o videolip abaixo começa com a despedida da filha por webcam), e para a morte assistida que o filho lhe arranjara.
Aos declínios civilizacionais os investigadores fazem suceder a invasão pelas civilizações contíguas - cf. O Nó do Problema Civilizacional - A Dimensão das Ciências, Cap. 3. Em 2002 Arcand voltou às mesmas personagens, com os mesmo actores, para filmar Les Invasions Barbares: um dos amigos tem uma doença terminal, os amigos e a mulher reúnem-se numa despedida (o videolip abaixo começa com a despedida da filha por webcam), e para a morte assistida que o filho lhe arranjara.
Até que, na descolagem do avião que os leva de regresso a casa, a nora do falecido, sob os primeiros acordes de L'Amitié, encosta a cabeça ao ombro do marido e lhe diz "Je t'aime"... enquanto a voz de Françoise Hardy continua para lá do avião que desaparece no horizonte, ressaltando do genérico branco em fundo preto que suavemente passa num culminar, num remate que dá o sentido global afinal aos séculos de história que o avião deixou para trás. (Apetece-me dizer que este será o mais comovente genérico da história do cinema! - mas eu dessa história conheço quase nada!).
Letra: Jean-Max Rivière; música: Gérard Bourgeois; 1965
Beaucoup de mes amis sont venus des nuages
Avec soleil et pluie comme simples bagages
Ils ont fait la saison des amitiés sincères
La plus belle saison des quatre de la terre.
Ils ont cette douceur des plus beaux paysages
Et la fidélité des oiseaux de passage
Dans leurs cœurs est gravée une infinie tendresse
Mais parfois dans leurs yeux se glisse la tristesse.
Alors, ils viennent se chauffer chez moi
Et toi aussi tu viendras.
Tu pourras repartir au fin fond des nuages
Et de nouveau sourire à bien d'autres visages
Donner autour de toi un peu de ta tendresse
Lorsqu'un autre voudra te cacher sa tristesse.
Comme l'on ne sait pas ce que la vie nous donne
Il se peut qu'à mon tour je ne sois plus personne
S'il me reste un ami qui vraiment me comprenne
J'oublierai à la fois mes larmes et mes peines.
Alors, peut-être je viendrai chez toi
Chauffer mon cœur à ton bois.
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