sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

1 critério para Copenhaga

O Wall Street Journal organizou online o seu Guide to Climate Change (http://online.wsj.com/article/SB10001424052748704007804574574101605007432.html ) em função da próxima conferência de Copenhaga, que substituirá o Protocolo de Quioto. São ali bastantes os editoriais e artigos de opinião, deixo-os para quem tiver a coragem e a energia intelectual para enfrentar sustentadamente a questão - a mim que, confesso, já mas vão faltando, fico-me pelo seguinte balizamento (A), e consequente critério de avaliação do sucesso da conferência (B):
A) Me parece que as actuais posições se dividem entre i) a consideração que as medidas eficazes de diminuição do efeito estufa são hoje demasiado caras (ou seja, as que são comportáveis não passam de cosmética e retórica populista); daí que mais vale adiar essa resposta até esta ser economicamente sustentável, e entretanto bem como nessa altura simplesmente aceitarmos e nos adaptarmos a uma nova atmosfera. Em troca ii) outros consideram que através do sistema dum mercado de licenças de emissão de CO2 será possível levar a estrutura produtiva a uma alteração gradual da produção de energia; segundo estudos do departamento norte-americano de estatísticas da energia, o custo será apenas de 1% do PIB em 2020.
B) Se essa é a situação, então Copenhaga terá sucesso se:
Se assumir 1 das 2 posições, apontando a intervenção, e reunindo os meios (pagamento de custos), para o médio ou para o curto prazo - fazer um pouco de tudo costuma significar não fazer o suficiente de nenhum.
No âmbito da opção anterior, e por certo distinguindo-se um cenário mais optimista (menos caro, etc.) de outro mais pessimista, se escolher, mais ambiciosa e imprudentemente ou mais prudente e humildemente, 1 cenário, para apontar, quantificadamente, os seus custos previsíveis, bem como o processo de cálculo que aí levou, de forma que possa haver verificação independente dos números obtidos.
Se for atribuída a cada Estado, e cada 1 destes assumir a respectiva quota-parte desses custos.
4º Se for estabelecido um sistema prático de fiscalização independente (=internacional) desse pagamento - na substituição de fontes de energia, etc. - pelos Estados.
5º Se ficar assumido um sistema de penalização dos eventuais Estados infractores.
Assinalei a negrito as condições sem as quais diria que só por milagre a declaração final da conferência será para levar a sério. As outras 2 não serão assim necessárias... mas ficamos dependentes da sorte.

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