- "a biologia é a mesma para todos os seres humanos";
- "existem diferenças culturais significativas entre as sociedades humanas";
- logo, "essas diferenças devem atribuir-se a outras razões que não as de ordem biológica".
Deixando o ónus da contra-argumentação aos biologistas, apontarei que esse capítulo me parece entroncar ainda com outros posts aqui colocados, nomeadamente nas pp. 82-88 ao desenvolver o "ponto específico que poderia demolir todos os alicerces das teses da sociobiologia. (...) a história das civilizações é, de algum modo, a história das respectivas inovações". Ou seja, contra um reducionismo que procura tudo explicar a partir de elementos básicos e regras (uns e outras) atemporais - pelo que o tempo não será mais do que a sucessão de momentos pré-determinados - dados como o das inovações, ou antes o da diversidade cultural, etc., afiguram-se mais fáceis de pensar nos quadros de um emergentismo como o da citação de Edgar Morin em Emergentismo: unicidade ou complementaridade? .
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