Segundo Ricardo Garcia os pontos essenciais do acordo de Copenhaga são os elencados em http://jornal.publico.clix.pt/noticia/19-12-2009/os-termos-do-acordo-de-copenhaga-18449611.htm .
Pela minha parte, aplicando-lhes o critério de avaliação que avancei em 1 critério para Copenhaga , pegando na célebre palavra do Primeiro-Ministro dinamarquês direi que essa conferência nos deixa entregues à esperança (= fé) em 5 dimensões:
1ª) Entre o curto e o médio prazo - Nesse artigo não se percebe se se assumiu a opção pela intervenção urgente e cara, ou a mais comportável e adiada... Resta a esperança de que o aumento de 2ºC ou mesmo de 1,5ºC, para quando quer que o projectem, seja ecologicamente suficiente e economicamente comportável.
2ª) Da ciência para a política - "Os números desapareceram"... Resta a esperança de que o compromisso sobre eles não seja preciso para orientar as acções.
3ª) Da política para a ciência - "compromissos voluntários", será que isto significa que os países não se regem por metas cientificamente determinadas?... Resta a esperança de que, ainda que assim seja, por sorte então acertem nas parcelas que somarão alguma meta suficiente.
4ª) Verificação - "Somente as acções que tenham sido financiadas pelos países desenvolvidos é que terão uma auditoria e verificação externas". Já não é mau que se fale de alguma... Mas resta a esperança de que a China e os EUA (na medida em que não recebam ajuda externa) sejam verdadeiros nas suas declarações internacionais, e ainda a esperança de que as auditorias externas às Angolas, etc. não sejam condicionáveis por quem tiver aí interesse no petróleo, diamantes, madeiras, construção civil, etc.
5ª) Sancionamento - "O acordo não tem carácter vinculativo", logo nem fará qualquer sentido falar-se de sanções para os infractores... Resta a esperança de que não estejamos a falar de homens comuns, mas de santos e santas (bom, lá que esses Chefes de Estado se gostam de dar ares, lá isso gostam, mas serão verdadeiros esses ares?).
Acreditemos, pois, no Pai Natal.
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