Entra hoje em vigor o Tratado de Lisboa. Já aqui tinha reconhecido, de um lado, esta resposta à dificuldade de se tomarem decisões segundo a anterior organização da UE; mas também, do outro lado, que assim se inverte a lógica minimalista que logrou, pela 1ª vez desde Pierre du Bois, etc., etc., alguma união política europeia (O que é que a UE pode fazer por mim? = UE caminhan... ). Possivelmente condenámos-nos a esta temeridade assim que aceitámos alargar a UE dos 15 - uma vez que se dizia que a estrutura de então já mal era funcional. Mas isto agora importa menos. A decisão foi tomada, e para o curto e (provavelmente) médio prazo esta é a pista que nós europeus trilharemos, e connosco quem connosco se relaciona - assim também se decide da posição da Europa no mundo.
Esse foi o nível mais superficial - e assim mais evidente mas menos decisivo - da opção. Agora jogar-se-à o nível fundamental de qualquer decisão: o daquela entre apontar num sentido e ficar suspirando pelo outro - não aceitando pagar o preço da perda deste e assim não se libertando para explorar a virtualidade do anterior - ou reconhecer que não se pode ter tudo, que o tempo não pára, e que uma vez estabelecida uma opção - mesmo que não aquela que individualmente cada um de nós preferisse (!) - há que aceitar perder os prós da opção enjeitada, que aceitar sofrer os inconvenientes da opção assumida, e desenvolver os convenientes desta última. Em cujo desenvolvimento obviamente se inclui a atenção aos seus riscos! Cada cidadão europeu que se escolha agora nas oportunidades que vá tendo para intervir nesta sua comunidade.
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