sábado, 17 de outubro de 2009

Da escolha ética. Do sentido da vida

A Madalena foi ontem com o namorado ver o novo filme de Joaquim Leitão. Há pouco ao almoço contou-me a intriga: numa final em futebol o árbitro marca uma grande penalidade que o treinador favorecido percebe ser falsa, a tal ponto que terá havido corrupção, e manda o seu jogador falhar o remate. Naturalmente - que a acção se não passa em Inglaterra!... - é despedido do clube e ostracizado no futebol de alta competição. Empobrece. A mulher abandona-o. O filho sofre a descida de classe sócio-económica. O ex-treinador entra em depressão, e quando já não consegue apoiar mais o filho, é este que cuida do pai. Que volta a encontrar um sentido para a sua vida e trabalho, mas no treino de jovens excluídos em divisões secundárias, não volta à alta competição.
Assim são as escolhas: umas levam a uns resultados, outras levam a outros, no fim nunca tudo se dissolve como se a escolha afinal fosse só aparente! Daí a necessidade da ética - a disciplina que visa assinalar os valores que orientam as escolhas cujos resultados se revelam em geral os melhores; ainda que para lá chegar a médio prazo seja preciso pagar um preço a curto prazo.
Resta saber com que critério se determina "o melhor"... O do reconhecimento social, o do prémio que no fim não há-de faltar, como o filme de Joaquim Leitão bem mostra, fora das histórias infantis isso é coisa que não costuma acontecer.
Aqui fica o trailer:

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