sábado, 10 de outubro de 2009

Outra vez o desafio europeu... e ocidental!

Num post sobre a UE e a aceitação irlandesa do Tratado de Lisboa (http://europeangeostrategy.ideasoneurope.eu/2009/10/04/ireland-and-the-lisbon-treaty/), Jolyon Howorth escreveu que

"Europe suffers from major handicaps in the emerging international pecking order: demographic decline, limited natural resources, geographical exiguity, energy dependency and military inadequacy. In a multipolar world where the other players are all unitary nation states, the EU is at a major disadvantage. Either the EU develops a unified strategic approach or it will fail".

Desde logo o pressuposto é que se o império romano durou mais de meio milénio e mesmo assim acabou um dia, não é porque os países europeus determinam o mundo há meio milénio que hão-de continuar a fazê-lo. E não é porque a presente unificação política da Europa se desenvolve há meio século que há-de durar outro tanto cf. http://onodoproblemaocidental24x7.blogspot.com/2009/10/o-que-e-que-ue-pode-fazer-por-mim-ue.html.
Mas assim há-de ser se as jogadas de políticos profissionais e burocratas, como essa de se repetir um referendo até que a resposta popular seja a que aqueles outros pretendem, contribuirem para uma coesão, não apenas formal (!), entre os europeus. Agora, se pelo contrário acentuarem a desconfiança dos eleitores, assim que houver decisões fracturantes - aquelas que implicam a escolha de preços a pagar por alguém... - o mais provável é que tudo desabe ainda mais depressa do que a implosão da União Soviética.
(É capaz de ir sendo prudente que cada país, ou comunidade estável, não abdique de condições mínimas de sustentabilidade própria, na agricultura, segurança... É que, como tantas outras organizações internacionais ao longo da história, a UE não é necessariamente eterna, e as dependências que nela se estabeleceram de repente poderão deixar de funcionar).

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